terça-feira, 30 de novembro de 2010

Últimas Contribuições

Esta é a sensação que tenho neste momento! Euforia!! Satisfação e uma imensa alegria por ter chegado ao término desta etapa de minha vida!

Ontem, após a apresentação do meu trabalho de conclusão de curso senti-me realizada com as conquistas alcançadas e feliz tanto por minhas descobertas como pelos colegas que também comtemplaram satisfatóriamente, segundo a banca, seus objetivos no TCC.

Depois de tanta luta, preocupações, medos e frustrações que vivenciei durante a graduação, pude contemplar os frutos dos meus esforços e também dos esforços dos colegas.

No entanto, uma certa dose de nostalgia também está presente neste misto de alegrias. Quantos amigos fiz, amizades verdadeiras e especiais as quais espero continuar cultivando! Quantos professores maravilhosos e mestres incomparáveis tive o prazer de conhecer e aprender com eles! Ficará tanta saudade!

Por isso, quero agredecer a todos os profissionais que trabalharam com amor, carinho e satisfação para que este sonho pudesse se tornar realidade. E aos colegas e amigos que contribuiram para que as aprendizagens fossem mais significativas e para que esta experiência fosse inesquecível.

A todos vocês o meu muito OBRIGADA!

sábado, 27 de novembro de 2010

Eixo 9 - Semana 11

Gostaria de compartilhar uma breve síntese do meu TCC, onde procuro apresentar o tema e o percurso percorrido para alcançar os meus objetivos.

SINTESE DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:

O presente estudo intitulado afetividade: esfera de motivação para a aprendizagem, apresenta a importância dos aspectos sócio- afetivos para o desenvolvimento e o processo ensino-aprendizagem do indivíduo, analisando a importância das contribuições da relação afetiva entre aluno e professor no processo de ensino-aprendizagem, utilizando como problema central: Por que as pessoas insistem em lembrar de situações que envolvam afeto? O que isso nos diz a respeito do processo ensino- aprendizagem?Para isso, além de uma pesquisa bibliográfica, a qual valeu de teóricos clássicos e contemporâneos que trabalham com a questão da afetividade no processo de aprendizagem, realizou-se também, uma análise qualitativa, efetuada por meio de da metodologia de entrevistas de caráter investigativo, a ex-alunos de escolas públicas, moradores dos municípios de Morrinhos do Sul e Três Cachoeiras, no Estado do Rio Grande do Sul, na faixa etária dos vinte aos trinta anos de idade, objetivando a apreciação da importância da afetividade como recurso motivacional, ou seja, como mola propulsora do processo educativo. Nesta análise, pode-se perceber que nossas recordações mais significativas, as quais ficam mais aguçadas em nossa mente, são aquelas que envolvem uma carga afetiva mais marcante. Essa carga pode ser positiva ou negativa, mas, segundo as análises feitas, neste caso específico, é possível observar que elas são responsáveis pelas lembranças que se encontram mais nítidas em nossas memórias.Foi possível constatar que as ações verbais integradas com as ações não verbais, carregadas de afetividade, possibilitam maneiras diversas de mediação, onde o professor seja capaz de articular “os aspectos afetivos e intelectual, ambos inseparáveis na atividade pedagógica.” (Almeida, 1999, p.103). Desta forma, a professora estará proporcionando a criança, segurança, conforto, prazer e alegria, sentimentos fundamentais nas relações do aluno com o conhecimento. Diante de tais considerações e dos dados apresentados nesta pesquisa, é de extrema importância que o professor utilize a afetividade como ferramenta motivacional, pois esta sendo um instrumento metodológico na relação de aprendizagem pode atribuir um sentido pessoal a ela. Ou seja, estimular a participação ativa dos alunos a partir da motivação, para terem êxito em sua aprendizagem. Portanto, o desenvolvimento dos alunos, em sala de aula, se dá mediante as diversificadas e intensas relações entre eles e o professor. E são pelas diversas formas de relações que o educador vai qualificando, principalmente durante as atividades pedagógicas, que o aluno estabelece relações entre os objetos do conhecimento. Essas relações afetivas são tão importantes que Galvão (1995), diz que a emoção é contagiante e está impressa no corpo das pessoas, sendo que, professor e aluno ficam expostos a esse contágio, pois, segundo ele, a emoção é o oxigênio que alimenta e nutre, e ainda alimenta-se do efeito que causa no outro. Reforçando esta afirmativa, Wallon (1971) defende que “a emoção necessita suscitar reações similares ou recíprocas em outrem e, (...) possui sobre o outro um grande poder de contágio.” (p.91).
O aluno, incluído dentro deste contexto, vai se sentir confiante e contagiado pela motivação existente no ambiente e na interação com ele.

sábado, 20 de novembro de 2010

Respondendo Comentário Semana 10

Comentário da Professora Nádie:

Nadie Christina disse...

Oi querida,

é bom saber que houveram inovações pedagógicas e que estas contribuíram para oportunizar novas aprendizagens pelos teus alunos. Todavia a tua postagem não apresenta evidências das atividades com uso de tecnologia e releitura de imagens, por exemplo. Ou mesmo a "interdisciplinaridade se fez presente em todos os momentos". Acredito que qualificaria muito o teu relato se tu nos brindasse com alguns exemplos concretos de como isso se materializou na tua sala de aula.
Um carinhoso abraço e votos de um ótimo final de semana!
Profa. Nádie


Respondendo ao Comentário:

Cito abaixo exemplos de atividades que realmente foram muito significativas durante meu estágio docente, cujas foram relatadas em meu relatório de estágio.

Após ter contado, no dia anterior, a história “Um menino e uma menina”, do autor O. Oster – URSS 1985, cuja narrativa faz parte integrante do trabalho do Geempa, falei para os alunos, no início da aula, que receberíamos duas visitas e que elas ficariam conosco durante muito tempo. Expliquei que nós teríamos que cuidar muito bem deles e que estariam nos esperando na sala dos professores. (Deixei os bonecos sentados no sofá da sala). Após passeamos pelas dependências da escola para mostrar a escola aos personagens. Este passeio foi muito interessante, pois dois alunos eram novos na escola.
De volta à sala realizamos a eleição do nome dos bonecos. Fizemos a listagem dos nomes, no quadro, conforme forem dando as sugestões. E então fizemos uma votação aberta para a escolha dos nomes. Esta etapa da atividade foi muito importante, pois explorei a escrita dos nomes sugeridos e também tiveram oportunidade de falarem e darem suas idéias.
Após apresentei o livro “As aventuras do Bruno” e “As aventuras da Michele”, confeccionados por mim, onde cada dia um aluno levou, mediante sorteio, um dos bonecos embora e relatou no livro as suas aventuras, ou seja, o que aconteceu durante o tempo que ele ficou em suas casas. No dia seguinte, na rodinha, relatavam para a turma e liam o que escreveram. Esta atividade foi muito enriquecedora e acredito que ela alcançou muito mais que meus objetivos propostos, pois foi muito além. Minha idéia, a princípio era desenvolver a leitura e a escrita, mas muito outros aspectos foram agregados automaticamente a esta atividade. A responsabilidade é um deles. Muitas mães vieram me dizer que eles tinham um zelo tão grande por cuidar dos bonecos que em certos momentos a fantasia se misturava com a realidade e elas os pegavam conversando com os bonecos ou se referiam a eles como pessoas. Um aluno disse a um colega na sala de aula, que na ocasião estava segurando a Michele pela perna, que “é assim que você trata as visitas que vão na sua casa? Se é assim eu nunca vou na tua casa!”. Isso mesmo, visitas. É isso que a Michele e o Bruno são na casa deles. E esta responsabilidade se estendeu para os temas, com o cuidado dos materiais e até mesmo com a realização das atividades em aula.
Então pude vivenciar na prática o que Augusto Cury, em seu livro “Pais brilhantes e professores fascinantes” afirma quando relata que:
Os professores fascinantes transformam a informação em conhecimento e o conhecimento em experiências. Sabem que apenas a experiência é registrada de maneira privilegiada nos solos da memória, e somente ela cria avenidas na memória capazes de transformar a personalidade. Por isso estão sempre trazendo informações que transmitem para a experiência de vida. (p.57)
Desta forma, a experiência obtida pelos alunos por meio desta atividade veio ser transformado, por eles, em conhecimento e transformação na forma de agir e se relacionar com o meio.
Outro aspecto que vem ao encontro desta realidade, foi a aprendizagem na relação do tempo. Esta atividade ajudou muito na localização temporal, pois no início do estágio eles tinham dificuldades de se localizarem nos dias da semana. Como o sorteio dos dias de quem levaria o Bruno e Michele foi feito em um único momento e os nomes expostos na ordem do sorteio em um cartaz, os alunos contavam quantos dias faltavam para chegar a sua vez e indo até o calendário se localizavam e assim, descobriam o dia da semana que cada um os levaria. E eu percebia que havia compreensão temporal e não apenas relação do nome ao dia da semana isoladamente, pois eles conseguiam descontar os sábados e domingos.
Pude perceber o âmbito da significação desta atividade até mesmo no momento de tirar fotos com eles. Alguns me pediram para tirar junto com os bonecos.
Na segunda semana de estágio, destaquei uma atividade referente a aula do dia vinte de abril, a qual iniciei relembrando-os sobre as frases criadas na aula anterior, tivemos uma conversa sobre o meio ambiente e os levarei ao laboratório de informática para digitarem as frases no computador.
Apesar de a escola possuir um laboratório de informática bem equipado, a professora não costumava utilizá-lo como ferramenta do processo ensino-aprendizagem.
Realmente esta atividade foi uma das atividades de maior impacto em meu estágio, pois a inserção da informática nas aulas, nesta e em outras atividades diversificadas, propiciou o despertar do interesse e curiosidade dos alunos pelos temas trabalhados, colaborando para a aprendizagem.
Acredito que meus objetivos foram alcançados, pois a alfabetização dos alunos se tornou mais instigante devido a motivação de aprender. Empenharam-se e mostraram-se interessados com a atividade. Gostaram tanto que os ensinei a procurar no Google por imagens e quiseram copiar algumas para por junto com as frases. Este recurso foi utilizado durante vários momentos do meu estágio docente, e consegui transformar a construção de palavras e o interesse em descobrir a escrita em algo prazeroso por meio de softwares e jogos educativos.
“Educar é procurar chegar ao aluno por caminhos possíveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela representação (dramatizações, simulações), pela multimídia. É partir de onde o aluno está, ajudando-o a ir do concreto para o abstrato, do imediato para o contexto, do vivencial para o intelectual, integrando o sensorial, o emocional e o racional” (Moran, 1991.p. 146).
Concordo com Moran, pois acredito que o professor precisa utilizar de mecanismos variados, não pelo simples pretexto de tornar a aula inovadora, mas sim, pela busca primordial de chegar a seu aluno, de propiciar caminhos para seu desenvolvimento integral.
E um destes caminhos é o diálogo. Caminho este presenciado fortemente na terceira semana de estágio.
Com a construção do cantinho da leitura e com ele a introdução do carpete na sala, comecei a utilizar a rodinha de conversa em meus planejamentos. Grande foi minha surpresa com a participação ativa de meus alunos nos debates e nas contribuições através de suas experiências.
Nestas conversas, eu procurei “... expor e não impor as idéias, consciência critica, capacidade de debater, de questionar, de trabalhar em equipe”. (Cury. 2003. p.68), valorizando e tendo “respeito aos saberes provenientes da experiência de vida” dos alunos (Carvalho et. al. 2008.p. 16), onde suas contribuições propiciavam a construção da consciência critica e reflexiva, onde o educando é concebido “como ser ativo” (Jean Piaget).
Realmente, esta inserção das tecnologias em sala de aula também foi muito relevante.
Através desta ferramenta, os alunos se sentiram mais motivados a descobrirem, pesquisarem e os subsídios e materiais encontrados eram tantos que a interdisciplinaridade se fez presente em todos os momentos.
Outro ponto importante que permeia a práxis educativa é o diálogo. E sabendo que “O dialogo é fundamental entre mestres e educandos” (Paulo Freire), tornei hábito muito freqüente a utilização destas rodas de conversa e acredito que esta nova atitude foi muito produtiva, pois utilizei um aspecto muito forte da turma, (excesso de comunicação) em prol de um fim produtivo.
No entanto, também tive que me conscientizar que “para por em prática o diálogo, o educador deve colocar-se na posição humilde de quem não sabe tudo” (GADOTTI, 1991, p. 69), e respeitar as contribuições dos alunos, aproveitando para aprender com elas.
Na quinta semana, uma das atividades desenvolvidas com minha turma de estágio curricular foi a releitura da obra de arte de Tarsila do Amaral, intitulada "A Família". Esta atividade foi simplesmente magnífica, quão grande foi seu impacto na aprendizagem dos alunos. Eles fizeram a releitura através da construção da imagem de sua própria família com materiais recicláveis, além de produções textuais e participação ativa nos diálogos em sala de aula.
Trabalhamos os diferentes tipos de formação familiar, e trouxemos estas realidades para sala de aula através da releitura de suas próprias produções.
Conseguimos perceber os papeis da mulher na sociedade atual, sendo mãe, mulher, profissional, irmã, filha, esposa e ser humano, bem como suas qualidades e também seus defeitos, desmistificando a imagem de perfeição da mãe. Pude perceber que os alunos começaram a compreenderam e a ajudarem mais suas mães após este período.
Todas estas descobertas partiram da releitura da obra, construções textuais provenientes das reflexões grupais e também mediante a pesquisa no labin. A vida da Tarsila do Amaral foi pesquisada e refletida dentro do contexto histórico e também trazida para os dias atuais.
Até mesmo a questão de pais separados, dentro da formação familiar pode ser trabalhada de forma simples, natural e com um resultado de acordo com a idade deles.
Outro aspecto que também pode ser trabalhado de forma sutil é questão do namoro entre pais separados, que constituem nova família. E isso tudo, dentro da história de vida da Tarsila. E é claro, engajado neste contexto a alfabetização e os conteúdos estipulados no currículo.
E dentro do contexto das profissões das mães, ou seja, das mulheres na atualidade, pudemos fazer um paralelo com as épocas passadas, resgatando dados e informações com pais e avós sobre o contexto histórico e social daquela época.
Nesta perspectiva, a atividade realizada na sexta semana através da pesquisa e coleta de dados contribui para este resgate.
Por meio do diálogo na roda de conversa, pudemos resgatar dados sobre os parentes que viveram na época de Tarsila do Amaral e suas profissões. Conversamos sobre as mulheres. O que mudou daquela época para cá? Elas trabalham no mesmo serviço? Quem é que cuida da casa? É sempre a mãe ou tem empregada? Após construímos um cartaz com as profissões do século passado (época da pesquisa e os dias atuais), fizemos uma comparação entre ambos. Em seguida, relacionamos o cartaz com os diversos trabalhos das mães do segundo ano. Listamos as profissões das mães no quadro e marcamos ao lado de cada profissão a quantidade de mães que trabalham em cada setor. Com base nesta tabela feita no quadro confeccionamos um gráfico.
“...os alunos participaram ativamente da conversa sobre a pesquisa que realizaram com os pais sobre as profissões dos avós e bisavós. A conversa foi muito produtiva. Eles ficaram tão empolgados pois descobriram muitas curiosidades como por exemplo: o avô era plantador de fumo e tinha uma estufa de fumo e o aluno trouxe uma foto do avô. Outro disse que o avô tinha um engenho de cana. E além das profissões trouxeram dados sobre suas famílias. Alguns alunos disseram que o avô morreu quando o pai ainda era criança e por isso o pai não o conheceu. Outro relatou que o avô era agricultor e agora está aposentado. Disse ele que o avô contou que não usavam tanto veneno nas lavouras antigamente. Conversamos sobre o usos dos agrotóxicos e a parte prejudicial deste para a natureza. Achei um ótimo gancho para trabalhar o uso de agrotóxicos nos bananais e nas roças de arroz, cujo o uso de venenos é grande e é as duas culturas mais predominantes no município”. (http://mineideestagio.pbworks.com – reflexão 18 de maio de 2010).
Émile Durkheim no texto “A educação como processo socializador: função homogeneizadora e função diferenciadora” ressalta que o aluno “não se encontra em face de uma tabula rasa, sobre a qual poderia edificar o que quisesse, mas diante de realidades que não podem ser criadas, destruídas ou transformadas à vontade. Não podemos agir sobre elas senão na medida em que aprendemos a conhecê-las, se não nos metermos a estudá-las, pela observação, como o físico estuda a matéria inanimada, e o biologista, os corpos vivos”.
Sendo assim, tanto a história já construída quanto a história ainda a construir estão dentro de um processo de conhecimento do próprio eu e de sua ação sobre a realidade. Somente assim, se poderá refletir e repensar a forma que transformamos e construímos esta história. E cabe, também a escola, o papel de propiciar meios para estas descobertas, valorizando todo o contexto de vida do aluno.
Conforme Moran ( 1991), “Educar é estar mais atento às possibilidades do que aos limites. Estimular o desejo de aprender, de ampliar as formas de perceber, de sentir, de compreender, de comunicar-se.
Apoiar o estado de perceber e sentir, de compreender e comunicar-se. Apoiar o estado de prontidão para aprender dentro e fora da escola, em todos os espaços do nosso cotidiano, em todas as dimensões da vida. Estar atento a tudo, relacionando tudo, integrando tudo. Conectar sempre o ensino com a pessoa do aluno, com a vida do aluno, com a sua experiência”.
Consciente disso, o projeto desenvolvido por mim, juntamente com a escola, sobre “A Valorização da Vida”, dentro da perspectiva da valorização e preservação do meio ambiente, vem evidenciar esta preocupação, cujas muitas atividades foram desenvolvidas durante o estágio e duas delas podem ser observadas na sétima e na nona semana.
A primeira vislumbrou a preocupação com a preservação dos recursos naturais bem como a importância da reciclagem e da diminui da produção de lixo em nossas casas. Este trabalho foi realizado por meio da apresentação de vídeos que enfocam a importância da reciclagem e dão dicas de como reaproveitar os materiais e habitualmente iriam parar no lixo. Aproveitando as dicas confeccionamos brinquedos com sucata e os alunos gostaram tanto que trouxeram por vários dias para a escola para brincarem na hora do intervalo.
A segunda veio com o intuito de conscientizar que a preservação não se limita apenas em não poluir, mas sim em poupar os recursos naturais. E por isso, levei os alunos para assistir a alguns vídeos que mostravam a poluição das águas dos mares e rios bem como a repercussão para a fauna e a flora. Em seguida, conversamos sobre o desperdício que praticamos em casa com nossa água. Como culminância, construímos um cartaz com dicas de economia da água.
Com esta experiência que o estágio obrigatório me proporcionou, percebi que nós educadores, precisamos estar cientes de que “o professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e opiniões mostram como eles estão reagindo à atuação do professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem, também, para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades.” (LIBÂNEO, 1994, p.250)
Pude perceber que isso só é possível, mediante um planejamento engajado com o social, sistematizado com o currículo escolar e flexível e aberto as diversidades e especificidades de cada educando, valorizando seus conhecimentos prévios, suas participações, onde a relação mútua entre professor e aluno contribui para a aprendizagem. Aprendizagem esta que não é somente do educando, mas também do professor, que passa a ser mediador do conhecimento ensinando e aprendendo, e fazendo, desta forma, um verdadeiro processo ensino-aprendizagem.

sábado, 13 de novembro de 2010

Respondendo Comentário da Semana 8

Comentário da Professora Fabiana:

Fabiana disse...
Olá, querida Mineide,
lendo esta postagem, que dividiste em duas, consegui visualizar a Mineide com quem já tive oportunidade de dividir uma sala de aula por um semestre letivo.
Naquela oportunidade dividíamos o mesmo espaço físico, trabalhávamos com os mesmos alunos e juntas aprendemos muitas coisas. E muito de tudo que aprendemos, com certeza ainda aproveitamos em nossa prática pedagógica, mas o que mais me chamava atenção e está presente em tua posategem, é que além de dedicada e comprometida com teu trabalho, tens em teu jeitinho muita afetividade. Afetividade que se manifesta ao falar, ao gesticular, em teu olhar....
Querida, tua postagem aborda aprendizagens construídas em todas as interdisciplinas do semestre e ao concluí-la fazes um fechamento considerando o que concebes como importante para o desenvolvimento de nossa prática docente....
Não poderia deixar de te falar o que senti...
Abração e saibas que estarás sempre em meu coração...
Tua tutora...
Fabiana Leffa


Respondendo ao Comentário:

É Fabi, quantas lembranças daquele tempo bom que vivemos! Realmente não compartilhamos somente a mesma sala de aula, mas também expectativas, alegrias e experiências. Eramos parceiras, e eu me sentia assim, pois com teu carinho, comprometimento e amizade fazias com que eu pudesse expor minhas idéias e dúvidas com a confiança de ser compreendida por uma amiga. Quanta Saudade!

Contigo aprendi tanto! Aprendi não somente a prática de sala de aula, mas também a compreender meus alunos. A perceber nas situações de sala de aula suas limitações, crescimentos, enfim... aprendi a amar a alfabetização, coisa que até o momento tinha tanto medo!!! Aprendi também que existem pessoas que são especialmente especiais! Assim é você amiga, especial em tudo que faz e com todos que te cercam! De coração, muito obrigada por tudo!

Um grande beijo.

Mineide.

sábado, 6 de novembro de 2010

Eixo 8 - Semana 10

Revisitando o eixo 8, mais precisamente meus planejamentos, registros das atividades e também das reflexões feitas durante meu estágio curricular, juntamente com as reflexões provenientes destas releituras, pude perceber que muitas foram as inovações pedagógicas ocorridas em minha sala de aula. Pude perceber também, que essas inovações propiciaram uma maior oportunidade quanto às aprendizagens dos alunos, proporcionando significação a estas aprendizagens.

Desta forma, além do interesse despertado pelos temas, a forma como estes foram trabalhados facilitou, de certa forma, a aprendizagem, pois estavam interligados com a vivência dos alunos e foram apresentados de forma criativa e motivadora, despertando a curiosidade e interesse participativo. Pois como propiciar a aprendizagem sem despertar, primeiramente, o interesse e a curiosidade dos alunos pelo tema trabalhado? Paulo Freire e fatidico quando diz que, "Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me inserena busca, não aprendo nem ensino".

Desta forma, minha intenção era não apenas alfabetizar, mas também envolvê-los com realidades diferentes, com instrumentos ainda desconhecidos. Proporcionar ferramentas para que o cultural, psicológico e o social também fossem explorados e se tornassem primordiais.

Sem dúvida nenhuma as tecnologias e a releitura de imagens (contato com obras de arte) utilizadas na construção e aprendizagem de temas significativos pelos alunos, foram as maiores mudanças sobre a realidade escolar vivida até então.

Através destas ferramentas, os alunos se sentiram mais motivados a descobrirem, pesquisarem e os subsídios e materiais encontrados eram tantos que a interdisciplinaridade se fez presente em todos os momentos.

Pude perceber que isso só foi possível, devido a um planejamento engajado com o social, sistematizado com o currículo escolar e flexível e aberto as diversidades e especificidades de cada educando, valorizando seus conhecimentos prévios, suas participações, onde a relação mútua entre professor e aluno contribui para a aprendizagem. Aprendizagem esta que não é somente do educando, mas também do professor, que passa a ser mediador do conhecimento ensinando e aprendendo, e fazendo, desta forma, um verdadeiro processo ensino-aprendizagem.

sábado, 30 de outubro de 2010

Eixo 7 - Semana 9

Revisitando o eixo 7, pude relembrar muitas aprendizagens, entre elas, as descobertas feitas na interdisciplina de EJA.

Relendo alguns textos, pude compreender que na educação de jovens e adultos, é muito importante o respeito às experiências de vida destes alunos, pois são nas suas vivências, através delas e das reflexões que fazem sobre elas que se constituem a linguagem particular de cada indivíduo. E respeitá-las é o caminho para se desenvolver uma prática educativa voltada para suas especificidades culturais, onde indivíduos letrados utilizaram destes conhecimentos para oportunizar as novas aprendizagens. Desta forma, estaremos possibilitando na diferença, na sua condição de não crianças, a oportunidade para que a aprendizagem ocorra a um grupo de pessoas que por diversos motivos foram excluídos da escola regular.

Da mesma forma, a interdisciplina de Libras também abordou sobre questões históricas, como a exclusão dos surdos no Brasil, mostrando suas lutas e dificuldades ao longo dos tempos, para alcançarem o direito de terem reconhecido a sua identidade, sua comunidade e sua língua. Pois sabemos que os alunos com deficiência auditiva sofreram e ainda sofrem para serem inseridos nas escolas regulares e que por muito tempo foram considerados incapazes de aprenderem. E a interdisciplina Língua Brasileira de Sinais, oportunizou a compreensão e o conhecimento a respeito da cultura surda, onde a língua de sinais é um aspecto importantíssimo na construção da identidade, da cultura e da especificidade lingüística do indivíduo surdo.

Percebendo que a língua é tão importante na formação da identidade do indivíduo, a interdisciplina de Linguagem e Educação, propiciou a compreensão de que a escola deve priorizar a relação entre o saber do aluno e o saber escolar, flexibilizando a linguagem escolar para que os alunos não sejam obrigados a manipular sua linguagem para adequar-se as exigências da instituição, fato esse, responsável por grande parte das evasões e exclusões escolares nas diversas modalidades de ensino.

Complementando as interdisciplinas mencionadas até o momento, a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação propiciou a compreensão da necessidade e importância de um planejamento voltado para os conhecimentos prévios dos alunos, onde a linguagem seja acessível e a avaliação e o planejamento flexível, focado na observação e nas individualidades da turma, num crescente formular e reformular.

Da mesma forma, o Seminário Integrador trouxe-nos excelentes oportunidades de reflexão e aprimoramento quanto aos projetos de aprendizagens, ferramentas tão importantes em todo este processo. Importantes, pois eles priorizam as concepções trabalhadas durante o semestre, onde as hipóteses, conhecimentos, experiências e curiosidades dos alunos são consideradas, respeitando-se suas diferenças, linguagens particulares, enfim, existe uma relação mútua e cooperativa entre aluno e professor na construção das aprendizagens escolares.

sábado, 23 de outubro de 2010

Conclusão - Semana 8

Para compreendermos o processo de aprendizagem é necessário que tenhamos a consciência de que o professor não ensina.

A aprendizagem não é uma transmissão de conteúdos, ditada pelo professor e gravada pelo aluno.

Se o professor apenas ensina, ou seja, repassa único e exclusivamente conhecimento de forma tradicional não ocorre aprendizagem, mas sim uma temporária memorização. Aprendizagem é algo muito maior que isso.

O professor é apenas um meditizador de conhecimentos, organizando maneiras e oportunidades para que o aprender ocorra.

Organizando situações de envolvimento e troca, os alunos, juntamente com o professor vão construindo conhecimentos, ao mesmo tempo em que, convivem, se relacionam, brincam e constroem.

Os alunos, assim como nós, aprendem com o meio em que estão inseridos, com as vivências, com a prática social diária.

Simplesmente vivendo, eles já estão aprendendo. Quanto maior será esta aprendizagem se o professor utilizar este “social” para despertar conhecimento, construir aprendizagem?

Este é o grande trunfo do educador: trabalhar o social em sala de aula, recheado de afetividade, depertando a sua curiosidade e interesse do aluno, vai tornar a aprendizagem significativa.

Principalmente o que é significativo para o aluno, que desperta sua curiosidade e interesse.

Trabalhando com este propósito o educador é capaz de transformar um problema de aprendizagem em um agente transformador da aprendizagem e reverter o placar a seu favor. E o melhor, agradando e alegrando os educandos.

domingo, 17 de outubro de 2010

Eixo 6 - Semana 7

Revisitando alguns textos e postagens, pude perceber que, muitos assuntos puderam ser estudados dentro das propostas interdisciplinares e eu estes vieram contribuir para a compreensão e elaboração do meu TCC.

Conforme estudado na interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II, Piaget ressalta que a aprendizagem e o desenvolvimento só acontecerão mediante a interação e a ação.

Somente existe aprendizagem com cooperação. E esta se dá mediante ao estabelecimento de vínculos sociais e comprometimento com o bem estar dos outros, respeitando as diversidades e as diferenças do grupo que está inserido. Desta forma, se consegue respeitar regras e se relacionar amigavelmente com os outros, sabendo delimitar seu espaço, seus direitos e deveres.

Conforme (estudado na Interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II), na cooperação, o aluno pode argumentar, por meio do uso da razão.

No momento que conseguem serem autores de seus escritos, expressando o que eles criaram ou vivenciaram sem terem uma obra especifica para copiarem, eles estão em construção do conhecimento e ao momento em que lêem e compartilham seus escritos, estão em processo de aprendizagem e em desenvolvimento.

A escola, como instituição de ensino, bem como nós educadores, temos a responsabilidade de fornecer não apenas formação acadêmica, mas também formação moral. E nesta tomada de consciência, a interdisciplina Filosofia da Educação oportunizou reflexões de grande importância, levando-me a perceber o exemplo do professor é primordial frente aos nossos alunos.

Esta interdisciplina também enfatizou a importância de termos o cuidado de não fazermos com que nossos alunos pensem como nós, mas sim possibilitar meios para que ele desenvolva seu próprio pensamento reflexivo sobre o mundo, sendo capaz de respeitar as diversidades e os valores de cada indivíduo.

Somente com uma educação verdadeira e igualitária, a qual proporcione mecanismos de reflexão frente à realidade social, o indivíduo será capaz de pensar com criticidade, construindo hipóteses e formulando novas concepções de enxergar o mundo, sendo capaz de libertar-se dos conceitos pré-determinados pela sociedade.

sábado, 9 de outubro de 2010

Eixo 5 - Semana 6

Revisitando as interdisciplinas do eixo 05, uma especificamente me chamou bastante a atenção por conter informações bastante pertinentes ao tema do meu TCC.

A interdisciplina de Escola, Cultura e Sociedade, auxiliou com textos que mostraram a importância de se desenvolver um trabalho comprometido com o social do educando, procurando desenvolver suas capacidades argumentativas, conduzindo-o a reflexão crítica da realidade que está inserido, o que é de extrema relevância em sala de aula.

Isto só se consegue mediante uma prática que proporcione momentos e mecanismos capazes de ajudar o aluno a se tornar um sujeito pesquisador, curioso, que interfira no seu meio, transformando e realizando mudanças que nele achar necessárias.

Neste contexto, a liberdade e o incentivo a expressão são fundamentais, pois são eles mecanismo de mudança social, que levará o aluno `a dignidade nas escolhas e a sua própria autonomia.

No entanto, cabe ressaltar que “ensinar não é transferir conhecimento” (Paulo Freire, Ped. Auto. pág. 52), mas fornecer condições para sua construção, respeitando os conhecimentos pré construídos dos alunos e também suas realidades.

O educador não pode achar que sabe tudo e que é ele que vai repassar os conhecimentos. Primeiramente, para ser professor é preciso ser humilde. Reconhecer que “Ensinar exige consciência do inacabado” (Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, pág. 55). Ensinamos mas também aprendemos com nossos alunos, e muito.

Não podemos acreditar que estamos sempre certos e que somos donos da verdade. Paulo Freire diz que pensar é ter a capacidade de duvidar de nossas próprias certezas, de questionar nossas verdades. É isto que temos que desenvolver em nossos educandos, torná-los seres pensantes e reflexivos.

Por isso em uma práxis educativa, é importante se desenvolver mecanismos que contribuam para a reflexão e expressão, sempre respeitando a autonomia de cada aluno, bem como sua realidade social.

Esta interdisciplina vai contribuir em muito na elaboração do meu TCC, pois o social está intimamente ligado com a aprendizagem. E Vygotsky diz que é a qualidade das interações sociais que o ser humano se constrói e determina seu desenvolvimento.

sábado, 2 de outubro de 2010

Eixo 4 - Semana 5

Revisitando o eixo 04, mais precisamente a interdisciplina de Representação do Mundo pelos Estudos Sociais, pude perceber e relembrar que o homem constrói sua história no dia-a-dia e em todos os momentos e esta história adquire os aspectos e característica do local e da época que ocorreu.

Sendo tão importante e estando ligada diretamente a vida humana em todo seu contexto, as noções de tempo e o espaço precisam ser trabalhados e estarem muito bem desenvolvidos em nossos alunos.

Percebi que para que o aluno construa este conceito o professor precisa trabalhar partindo de fatos marcantes de sua vida, de experiências vividas pelas crianças e que fazem parte de seu contexto histórico e social.

Ajudar o educando a perceber que fatos do presente são decorrentes das marcas do passado e que o futuro depende do que fazemos hoje.

Com base nesses dados, percebi a importância de realizar a minha pesquisa de campo (entrevista) com alunos de uma mesma faixa etária e de uma mesma região. Por isso, escolhi a faixa etária dos 20 aos 30 anos.

Além disso, outro aspecto que está presente na fundamentação teórica do meu TCC, cujos estes dados vieram complementar, é a importância de se respeitar a fase de desenvolvimento em que se encontram cada criança.
As noções de tempo dividem-se em três fases:

Estágio sensório motor: A criança começa a utilizar e identificar o antes e o depois, mas não identifica o processo de continuidade do tempo.

Estágio intuitivo: A criança ainda não consegue identificar a ordem sucessiva dos fatos, nem coordenar a duração dos mesmos, agindo por tentativas de ensaio e erro.

Estágio operatório: A criança começa a construir noções de ordem e sucessão, percebendo que os fatos possuem duração, simultaneidade e continuidade.

As noções de espaço dividem-se em quatro fases:

Espaço perceptivo:As crianças começam a desenvolver noções como em baixo, em cima, direita, esquerda, longe, perto...

Espaço representativo:É a fase em que a criança desenvolve a função simbólica, sendo capaz de substituir uma ação por um símbolo, surgimento da linguagem.

Espaço intuitivo:É quando a criança é capaz de compor uma ordem, seja de fatos ou de objetos, no entanto, não consegue construí-la na ordem inversa.

Espaço operatório:É quando ela consegue construir uma ordem de fatos ou objetos e também modificar facilmente esta ordem.
Pude perceber também, que o espaço e o tempo podem ser estudados separadamente, no entanto, eles ocorrem simultaneamente e um este intimamente ligado ao outro.

sábado, 25 de setembro de 2010

Conclusão - Semana 4

Revendo as postagens realizadas aqui neste blog portfólio, mais precisamente as postagens referentes aos eixos 2 e 3 (pois no eixo 1 não me encontrava no pead ainda), pude refletir sobre alguns temas trabalhados e perceber que atualmente vários desafios e lacunas norteiam a práxis educativa de nossas escolas e professores.

Os educadores muitas vezes trabalham dando ênfase a métodos e técnicas que em nada colaboram para o crescimento psicossocial do educando.

O professor deve ter a consciência da necessidade de trabalharmos, não apenas para formação de seres profissionais, mas sim para a formação de um cidadão ativo e participante na construção de uma sociedade mais justa e livre.

Precisamos trabalhar em prol da conscientização social. E isso só conseguiremos através de um trabalho voltado para a realidade, onde esta seja refletida, indagada e analisada dentro de um contexto real e que esteja ligada a vivencia do educando.

Precisamos nos tornar educadores transformadores. Tornando o nosso dia-a-dia em sala de aula em um momento fecundo, tendo a convicção na superação das injustiças sociais, políticas e econômicas.

E para isso, é preciso que deixemos de lado os métodos mecânicos de ensino e passemos a encarar a aprendizagem como um ato de construção, criação e invenção.

E as postagens em discussão, serviram para compreensão do processo ensino aprendizagem e como ele ocorre na criança. Além dos fatores sociais, cognitivos e motivacionais que culminam como facilitadores neste processo. No entanto, somente estes fatores não são suficientes para que a aprendizagem se dê de forma completa e significativa.

Neste caminho a percorrer, é de extrema ajuda estabelecer um plano político pedagógico firmado em concepções consistente e eficazes, centrado na realidade social e cultural do educando. Trabalhando com fatos que estão acontecendo no momento e que sejam significantes para os alunos.

Pode parecer simples e sem importância, mas trabalhando o real e o significativo e levando-o a reflexão é que iremos conseguir que o educando seja um ser pensante e participativo.

E é essa a função do professor, ser mediatizador da construção do conhecimento.

Pois só haverá uma real aprendizagem se com ela ocorrer a conscientização dos envolvidos.

E se nós professores, queremos que nossos aluno sejam cidadão críticos e participantes, cabe primeiro a nós refletir sobre nossa prática docente e participar de sua transformação, para através dela poder melhor colaborar para a conscientização destes.

É como diz o grande Paulo Freire:
“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão, mediatizados pelo mundo”.

sábado, 18 de setembro de 2010

Eixo 3 - Semana 3

Durante o terceiro semestre do curso de Pedagogia da UFRGS, as interdisciplinas estavam tão relacionadas umas com as outras que é praticamente impossível abordar temas de Música, Artes Visuais, Literatura ou Teatro sem recordar-me de conceitos trabalhados na interdisciplina Ludicidade e Educação.

A importância do lúdico no âmbito educacional foi o centro de todas as interdisciplinas relacionando todos os demais conteúdos.

O jogo dramático, a música, as histórias infantis e as artes em um todo, só serão mecanismos transformadores da realidade escolar, contribuindo para a aprendizagem, se elas estiverem dentro de uma perspectiva lúdica.

E esta interligação, ocorrida entre as interdisciplinas, foi crucial para uma maior aprendizagem e compreensão dos conteúdos, o que contribuiu para um planejamento diário de mais qualidade, focado na concepção de ludicidade e colaborando no aperfeiçoamento do dia-a-dia em sala de aula.

Com os textos trabalhados em ambas, pude refletir e aprimorar minhas idéias de como trabalhar teatro e música, de maneira a contribuir para a expressão corporal e oral, para a espontaneidade e tantos aspectos importantíssimos no contexto escolar.

No entanto, dentre todos os conhecimentos construídos durante este semestre, acredito que o que mais se destacou de forma significativa, foi a importância do lúdico na minha prática educativa, trabalhada pela interdisciplina ludicidade e educação.

Através dessas aprendizagens, percebi que existem diferentes maneiras do educador trabalhar de forma lúdica com seus educandos. Compreendi também, que lúdico não significa utilizar recursos diferenciados, como álbum seriado, retro-projetor, etc., para disfarçar a aprendizagem, mascarando esse processo. Mas sim, é criar mecanismos para que a criança desenvolva seu estado físico, intelectual e emocional, dentro de uma perspectiva que propicie a criatividade, a concentração, a imaginação, a atenção, contribuindo com aspectos importantes para o desenvolvimento integral da criança.

Todas as interdisplinas enfocaram seus conceitos numa perspectiva lúdica, fornecendo mecanismos para a aprendizagem do fazer docente em sala de aula e incorporando também a brincadeira e o jogo dramático neste contexto.

E é brincando que a criança interage com o meio em que está inserido e permite que o meio e outras pessoas interajam com ela, pois através da brincadeira, do imaginar, fantasiar e criar, a criança descobre e molda seu próprio eu.

Percebi que o brincar é um valioso mecanismo de desenvolvimento motor, psíquico, lúdico, enfim, um fator de grande importância no desenvolvimento integral do educando, pois ele é muito importante para o desenvolvimento físico, mental e psicossocial do educando, além de ser um forte aliado para o desenvolvimento cognitivo e viso-motor.

Ele faz parte da infância e através dele muitas habilidades e características desta fase, são moldadas.
Vygotsky afirma que o brincar não funciona apenas, como uma atividade que dá prazer e satisfaz desejos e necessidades da criança, mas sim como uma atividade derivada do processo da imaginação.
Sendo assim, este dispositivo maravilhoso e enriquecedor da práxis educativa, não pode ser menosprezado no dia-a-dia educacional.

A importância do brincar neste âmbito, é indeterminada, fazendo ele, parte primordial do desenvolvimento fecundo e integral da criança.

Portanto, todas as atividades, tanto as à distância, quanto as presenciais, bem como trabalhos e teorias, foram muito produtivas para minha práxis docente e também para meu crescimento pessoal.

Isso porque pude aprimorar meus conceitos de práxis e compreender efetivamnete o que esta palavra se refere, bem como seus efeitos no processo ensino aprendizagem.

Unindo a prática com a teoria (práxis), afim de melhorar as relações e os meios educacionais surgiram caminhos para que eu pudesse repensar minha ação pedagógica. E isso para mim é práxis educativa: é a reflexão/ação entre teoria/prática, não significando que a teoria está subordinada à prática ou a prática subordinada à teoria, mas sim, que é a união de ambas que proporciona a melhoria do ensino. Pois a prática "pede" teoria, precisa de teoria, porém a teoria para existir necessita da prática. Portanto, para haver práxis educativa é necessário prática e teoria se coexistir.

Obviamente, que as aprendizagens e textos deste semestre não vão contribuir de forma direta na construção do meu TCC mas foram importantes para que a compreensão do processo de construção do conhecimento fosse aprimorado e melhor compreendido, o que sim, vai contribuir para a compreensão do todo do meu TCC.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Respondendo Comentário Semana 2

Comentário da professora Fabiana:

Olá Mineide,
como conversamos no presencial, é praticamente impossível durante todo um semestre inexistir alguma situação/atividade que possa contribuir com a tua caminhada até o TCC.
Pense um pouquinho mais...
A relação afetiva no proceso ensino-aprendizagem é um tema interessante. Na disciplina de INFÂNCIAS este tema não foi discutido?
Pois sabe-se que na educação infantil este tema é bastante presente...
Continuamos conversando...
Abraços
Fabiana Leffa

Respondendo o comentário:

Concordo contigo Fabiana, quando dizes que é praticamente impossível em um semestre não se aproveitar nada para meu TCC. No semestre em questão, mais precisamente no segundo semestre, muitas interdisciplinas me auxiliaram com assuntos que de forma direta ou indireta para o embasamento do meu TCC. Estas disciplinas foram citadas na postagem anterior a esta, mais especificamente a postagem da SEMANA UM.

Também concordo que a disciplina INFANCIAS também trouxe assuntos referentes a afetividade mas não achei que eles fosse relevantes para o foco que estou investigando.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Respondendo Comentário Semana 1

Comentário da Nádie:

Oi querida,

que bom que a atividade inicial do Seminário vem te ajudando a te organizar na realização das atividades.
A tua postagem anterior auxilia o leitor a compreender, de uma perspectiva geral, quais as interdisciplinas que estás revisitando, o que é ótimo!

Porém nesta postagem tu mencionas de forma tão genérica que "[...] contribuíram e vão contribuir diretamente na construção deste trabalho" que sou forçada a te perguntar: Como? A forma como Piaget define a aprendizagem no ser humano te ajuda a pensar sobre o que no TCC? Quais os conceitos, textos dele que tu considerou mais significativos e como eles se articulam com as tuas práticas em sala de aula e com o TCC?Fiquei muito curiosa para saber mais e espero que possamos continuar essa conversa em breve!Um carinhoso abraço,Profa. Nádie

Respondendo ao Comentário:

Piaget realmente contribuiu muito para eu compreender como ocorre a aprendizagem na criança.
Ele diz que a criança passa por estágios e que estes estágios ( que todas nós conhecemos) são determinantes no desenvolvimento do indivíduo. Não é possível se pular estágios do desenvolvimento pois eles são sucessivos. Enfim, ele explica como se dá a aprendizagem considerando-se o desenvolvimento cognitivo.

Piaget também diz que a afetividade motiva as ações do indíviduo. E se há motivação sabemos que há maior interesse e isso é uma ferramenta importantíssima na aprendizagem.

Se há motivação nas ações do indivíduo ele age e articula num meio social, também importante... O que me levou a pesquisar Vygotsky. Enfim, um autor vai puxando outro e asim vou construindo uma teia de informações!

domingo, 12 de setembro de 2010

Respondendo Comentário do dia 30/09

Comentário da professora Nádie:

Oi querida,

Muito interessante este resgate da tua trajetória, partindo de questões bem abrangentes, como o processo de alfabetização, para um foco mais específico que identifica professor e aluno numa relação afetiva. Acredito que a orientação de hoje contribua para clarear as tuas certezas provisórias quanto a pergunta e te permita avançar na busca de autores que discutem teoricamente esta temática. Como uma pequena contribuição, valorizando o teu esforço por compartilhar conosco, deixarei um questionamento sobre os teus registros de estágio. Focalizando na afetividade, tu terias dados já coletados do período de estágio? Que evidências tu poderia pensar inicialmente sobre isso? Quero destacar que nada impede que colete ou complemente os dados agora (através de entrevistas, observações, questionários, etc). Mas, apenas para que eu também possa olhar os teus registros anteriores de forma mais qualificada e entender a tua motivação eu gostaria de uma "pista", ok?
Um grande beijo e votos de um ótimo trabalho!
Profa. Nádie

Respondendo o comentário:

Realmente este assunto chamou bastante minha atenção durante meu estágio.

Durante este período pude perceber que muitos objetivos que pretendia alcançar em sala de aula, eram facilitados pela presença da afetividade entre meus alunos e eu.

Eu pude, aos poucos perceber, que quando há afetividade e respeito pelo aluno ele corresponde da mesma forma para conosco e isso é muito bom para o professor que consegue ter um domínio melhor da turma e também consegue desenvolver um trabalho mais articulado e com maior qualidade no processo ensino aprendizagem.

Quando digo controle da turma, não me refiro a autoritarismo mas sim conduzir um ambiente propício para a aprendizagem.

Com afetividade é muito mais fácil o aluno compreender o que se está investigando, pois ele se sente parte do processo, aceito, respeitado, valorizado, e isso contribui para a auto estima, consequentemente para a aprendizagem.

Estou convencida que isso é fato: com afetividade há um ambiente, um processo diferenciado na aprendizagem, se comparado com uma turma cujo o afeto não esteja presente.

Mas a pergunta é: Como isso ocorre? Por que? O que propicia isso? Há alguma influência social ou biológica nisso? Cognitiva talvez? É isso que quero descobrir no meu TCC. Quero descobrir como se dá este processo com embasamento teórico. E para isso tenho algumas fotos, falas dos alunos e também anotações de diário de classe. Claro que pretendo recolher mais informações para que seja possível tirar conclusões mais precisas.

sábado, 11 de setembro de 2010

Eixo 02 - Parte 02 - Semana 2

Revendo novamente as postagens e textos do eixo 02, foquei-me nas interdisciplinas ainda não visitadas tais como :

I - Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica

II - Fundamentos da Alfabetização

III - Seminário Integrador II

IV - Infâncias de 0 a 10 Anos

Dentro das leituras e trabalhos realizados nestas interdisciplinas, acredito que nenhum deles me ajudará na elaboração do meu TCC, pois os temas e assuntos abordados neles não condizem com o tema do meu trabalho de conclusão que é sobre a relação afetiva no processo ensino-aprendizagem.

sábado, 4 de setembro de 2010

Eixo 2 - Parte 01 - Semana 1

Visitando as postagens e as leituras dos textos realizadas durante o eixo 02 pude perceber que algumas interdisciplinas contribuíram indiretamente para a construção do meu TCC, como é o caso do seminário integrador 01.

A atividade da construção da tabela da organização do tempo me auxiliou não somente agora, na construção do meu trabalho de conclusão, mas também durante todo o curso na organização do meu tempo, coisa importantíssima para que a realização das atividades pudesse acontecer de forma significativa.

Já outras interdisciplinas, contribuíram e vão contribuir diretamente na construção deste trabalho, fornecendo suporte teórico para minhas pesquisas. Uma delas é a interdisciplina de Psicologia cujo Piaget trás algumas contribuições de como ocorre a aprendizagem no ser humano.

Continuarei fazendo as leituras do eixo 02 e retornarei para mais postagens...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Definindo o Tema / Foco do TCC

Conversando com a professora Nádie, achamos interessante registrar a minha caminhada de incertezas até aqui na definição do meu tema/foco do TCC.
Eu havia registrado no pbworks do tcc, então transferi minhas postagens para cá.

POST 01

Quanto ao assunto sobre o TCC, estou pensando em algo relacionado a alfabetização, afinal minha turminha estava enfrentando este processo de aprendizagem.
Além da alfabetização, pela qual me encantei, também me chamou muito a atenção dois outros pontos que talvez possa relacioná-los a este processo de alfabetização:

* a utilização de recursos e ferramentas diferenciadas no despertar da curiosidade dos alunos. Estas ferramentas podem ser desde a informática, experiências para descobrir como o mosquito se reproduz, por exemplo, o data show, teatro, jogos, etc)e qual a influencia deles sobre o processo ensino aprendizagem, mais focado na alfabetização. Afinal, o aprender tem que ser um processo gostoso.

* a questão afetiva entre professor e aluno, no processo ensino aprendizagem.

Este são os dois temas que mais me despertaram interesse de pesquisa, mas tenho medo de ser muito extenso, amplo o assunto e não conseguir focar minha pesquisa.
Espero contar com sua ajuda para focaro tema ou pergunta central (não sei como se chama, rsrsrs) do meu TCC.
Vou continuar pensando... Amadurecendo estas idéias...

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POST 02

•A inserção de temas que envolvem o dia-a-dia do aluno no processo ensino aprendizagem.

•A utilização de ferramentas diferenciadas que despertam e incentivam a curiosidade e suas repercussões no processo ensino-aprendizagem.

•A controvérsia da reprovação no primeiro ano das séries iniciais.

•A inicialização da alfabetização pelo nome próprio.

•A difícil realidade em uma turma multisseriada.

•A afetividade e o processo ensino-aprendizegem.

Ao iniciar minhas reflexões acerca da escolha do tema do TCC estes temas vieram a minha cabeça.

Eles foram aspectos que me chamaram a atenção durante minha prática pedagógica no estágio docente obrigatório.

No entanto, ainda não consegui definir meu foco.

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POST 03

Estou pensando na contribuição que a releitura de imagens proporciona na alfabetização e na compreensão do social que envolve o aluno.

Utilizei a releitura de algumas obras e o resultado foi muito gratificante e enriquecedor.

Pudemos analizar o social dentro da releitura e pesquisa sobre a obra e seu autor.

E o mais importante, é que este social trabalhado era trazido para o dia-a-dia e a realidade do meu educando.

E isso, aguçou o interesse e a curiosidade da turma, tornando o aprender prazeiroso.

Queria fazer meu TCC focado nestes fatos, mas ainda não consegui definir um foco preciso para ele.

Vou continuar pensando!...

Talvez...

A releitura de imagem: uma releitura do social.

ou

A releitura de imagens e sua contribuição na compreensão social do educando.

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POST 04

Após ler os comentários da professora Dóris fiquei bastante aguçada pelo tema afetividade entre alunos e professores.

Pensarei sobre isso!

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POST 05

Após pensar bastante optei por realizar meu TCC com o tema Afetividade.

Acredito que ele esteve muito presente em meu estágio e possuo algumas idéias sobre sua importância.

Portanto, acredito que seria muito interessante fazer um trabalho de pesquisa voltado para este tema e, desta forma, averiguar algumas certezas provisórias que possuo.

Enfim, gostaria de pesquisar a questão da afetividade entre professor e aluno e no que e de que forma esta afetividade contribui para a aprendizagem.

Em um primeiro momento, pensei nos seguintes focos, mas não sei se consegui me fazer compreender:

Aprendizagem: a relação de afetividade entre professor e aluno.

ou

Aprendizagem e Afetividade: relação professor e aluno.

ou

Afetividade e Aprendizagem: relação professor-aluno.

Conclusão: Meu foco será a fetividade entre professor e aluno e o que e de que forma ela pode contribuir para a aprendizagem.